Sou quem disse ao Corvo, "Talvez mais"

Relendo o poema O Corvo, traduzido e rimado pelo Fernando Pessoa. Parei nesse trecho:

'A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais
- Eu o disse, o nome dela, e o eco disse os meus ais,
Isto só e nada mais. '

Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.
Meu coração se distraia pesquisando estes sinais.
É o vento, e nada mais."


No dia que peguei pra ler o poema denovo, só pra reforçar um pouco a memória, foi exatamente no momento que ouvi a musica da Elis, Velha roupa colorida, que cita o Corvo, que fala sobre mudanças, do presente.
Caiu perfeitamente pro dia que estava tendo.
Veremos as mudanças então.
'*Isso é bom, e nada mais.'

( *contra-parafrasiei )

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