Sou a nova Árvore das Lágrimas

A tal Arvore das lágrimas, na tambem tal Estrada das lágrimas, existe sim!
Soube dela numa reportagem a anos atras, depois por meio d'um amigo quando trabalhava na Grendene, que morou pelas cercanias do ponto turistico desconhecido.
Me lembrei dela quando eu estava na semana passada, nos setores de desembarque e do embarque no aeroporto.
Alí, ví muitos encontros e despedidas, filhos reencontrando pais, mulheres desejando sorte e D'us no coraçao dos maridos, troca de contatos de novas amizades. E tudo isso me fez sentir como se estivesse na visão da Árvore das lágrimas, que realmente existe e tô a tempos, tempos mesmo, mais de anos querendo ver essa tal figueira que delimitava o limite da São Paulo antiga. O que não deixa de ser tambem um ponto turistico desconhecidos de muitos, assim como as ruas estreitas do centro velho, os casarões e vilas do Brás-Belemzinho-Mooca, aconchegantes casas de avós dos morros do Tucuruvi...
Dessa Árvore das Lágrimas, que mostrava que apartir dali, eram novos horizontes se abrindo, tanto pra quem ia, como pra quem chegava na todovapor cidade-grande de São Paulo, eram migrantes e imigrantes vindos/indo do/para o porto de Santos.
Alí, debaixo dos grandes galhos da figueira, havia os ultimos abraços, ultimos desejos de sorte, e os primeiros sinais de saudade e espectativas do futuro.
Agora trampando no aeroporto, me sinto as vezes assim; vendo tudo isso acontecendo, e sendo somente um espectador de momentos tão intimos e especiais.
É um barato algumas vezes conversar com certas pessoas de familias à espera, ajudo assim a diminuir a aflição. E participar como uma nova árvore das lágrimas dos novos migrantes.

DigoBóra!

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