A grama é amarga.
Tão amarga quanto a vida.
Mas não tão palíndromo quanto.
Assim como a vida é doce.
Tão doce quanto a água insossa, insípida e inodora.
Assim como o gosto das palavras não ditas.
E seguimos nossas vidas amarguradas.
Por veredas infindas, e estradas desconhecidas.
Dos caminhos de areião nas veredas desgramadas.
Mortes e vindas.
Cachoeiras e cacimbas.
Calçado de couro. Couro do pé andarilhas
Se a grama é amarga, disso é sabido.
Da vida ser tão amarga quanto, disso é sentido.
Do doce da vida, isso é buscado.
Da incoerência das palavras, disso é notado.
Sábio é o sentido de buscar notas em palavras não quistas.
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