O Berro se calou, e a historia se repetiu

O Gigante Maracanã e toda a massa Grená-alvi-verde se calou diante da pequenina torcida do igual pequenino país latino. Mas não menos disposto a sair de um dos templos do futebol com a Taça da América em mãos!
E enquanto isso. Próximo até do pequeno país de clima equatorial. O clima era da renovaçao da paz na Colômbia, com a libertação de 15 refens, e dentre eles a canditada a presidente Ingrid Betancurt, presa a quase 7 anos nos dominios das FARC.
Numa operação nunca pensada, até mesmo pros mais saudosistas guerrilheiros, aqueles que mesmo velhos e sem a força de carregar suas armas em punho, ainda tem orgulho da sua camisa do Che Guevara. Estampas do mesmo Che em camisas brancas foram usadas pra disfarçar os militares colombianos, na operação de infiltração com os guerrilheiros.
E sem nenhum som de disparo, libertaram os refens.
Tenho de dizer que, nos dois fatos, eu fui espectador um privilegiado.
No Primeiro fato: Encontrei um senhor Equatoriano, Velasquez Iñodelmo. Um senhor simpatico, que estava de embarque pra Caracas, e de lá pra Quito, Torcedor da LDU, e estava por aqui a negócios, e por motivo de força maior sem descrever, não foi pro Maracanã. Não quis nem tentar ir tambem por medo das informações de violencia que são divulgadas do nosso país lá fora. Conversei rapidamente com o senhor, ele de portugues até que non de los malos, me perguntado aonde teria um lugar pra ele assistir o jogo, sem correr o risco de perder o vôo, e sem torcedores do Fluminense por perto.
Disse pra que embarcasse o quanto antes, e nas dependencias do embarque teria mais conforto e segurança.
Só avisei que tambem teria a possibilidade de ter algum torcedor tricolor, mas que pelo menos não seria daqueles mais euforicos ou causadores de transtornos. E disse que ficasse tranquilo.
No início do jogo, mais preciso no momento do gol da LDU, passava eu pelo salão do embarque, e vejo o senhor Velasquez comemorando aos gritos "SÍ SE PUEDE", grito da torcida equatoriana que se caracterisou por ter chegado até as oitavas-de-final da Copa de 2006.
Imagino a angústia deste solitario torcedor, longe do país e tendo assim considernado as distancias, seu clube perto duma vitória inédita, e ele de partida de volta antes do clube. E pior! Partido antes do término do jogo, o que não sei dizer se teria noticias na aeronave.
Mas de qualquer modo, ele pode mostrar pra alguns que mesmo pequenino, "si se puede".
E o Segundo fato: É que passando pelos corredores do tambem embarque internacional, mas agora no portão que que atende é a LAN(linhas aereas andinas), um grupo de colombianos jogadores de handeibol, que estavam por aqui, conversando sobre o feito do exército, e conversavam entusiasmados. Com a nítida satisfação de que mais um mal do seu país foi eliminado.
Poizé, Cada dia mais vejo que em um aeroporto se passa a historia. Não só a historia de sua vida, mas a de vidas no mundo todo.

DigoBóra!

A historia se repete. Primeiro como tragedia, em seguida como farsa.
Carl Marx

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